Este Centro Interpretativo acolhe um espaço museológico cuja temática é a Cereja. Ocupa o edifício da antiga Escola Primária de Vila Verde, em S. Martinho de Mouros, depois de totalmente reabilitado e ampliado.
Contempla, uma sala de exposições permanente e um espaço designado “cubo de vidro” que dá acesso ao exterior, onde se poderá admirar um pomar com diversas variedades de Cerejas. Este local permite também usufruir de uma vista privilegiada sobre a Serra do Marão e o rio Douro. Em simultâneo, este edifício acolhe a sede da associação CER Resende .
O Município e a CER Resende – Cerejas de Resende, Associação de Promoção , encontram-se a desenvolver o processo de qualificação da cereja, com o objetivo de modernizar e conjugar a produção e a comercialização, nacional e internacional, alcançar a certificação do produto final com o selo da Indicação Geográfica Protegida da Cereja do concelho e promover a marca registada da Cereja de Resende.
Na actualidade, o município de Resende é um dos maiores produtores nacionais de cereja, e este fruto traduz-se numa das mais importantes fontes de rendimento da nossa população, pelo que é imperioso lutar pela certificação de uma marca que nos identifique e nos dignifique.
No mês de maio ou junho realiza-se o Festival da Cereja, numa mostra que pretende trazer os turistas ao concelho, apresentando-lhes o precioso fruto, sem esquecer a animação da música popular, um cortejo temático alusivo à cereja e a boa comida e os bons vinhos da região do Douro.
O ciclo da cereja
O cultivo da cereja é realizado em regiões frias (invernos frios e chuvosos e verões secos e amenos), pois necessitam de 800 a 1000 horas de frio para que possam produzir satisfatoriamente.
A sua beleza é única, desde a floração, até ao desenvolvimento do fruto de sabor suculento passando pelas variadas colorações. O seu ciclo inicia-se na Primavera, quando a cerdeira (cerejeira) vai desenvolvendo, lentamente, uma flor pequena, simples e de cor branco puro. Esta singeleza torna-se magnânima, quando todas as flores desabrocham e cada árvore explode numa fonte de beleza. A natureza tem em mãos um trabalho árduo, o vento, as abelhas e outros insetos, trabalham afincadamente para que a polinização se faça e a fecundação se concretize. Desde então, começam a aparecer por entre a folhagem “cachos” de pequenos frutos verdes. O clima nesta fase terá então um papel preponderante para o bom desenvolvimento e consequente desenvolvimento do fruto. Com a ajuda do sol e de alguma água, esses frutos verdes vão faseadamente tornando-se coloridos. De verde claro, amarelado, mesclado de amarelo e rosado, atingem a cor exata de cada qualidade. No entanto, a mais representativa é a majestosa cor vermelha (mesmo assim em diversas tonalidades consoante a variedade da cereja, do rosado, ao vermelho vivo até ao grená quase negro) quando completa o seu amadurecimento. A partir do mês de Maio até Julho, a beleza desta árvore torna-se novamente surpreendente, pois a mistura da folhagem verde salpicada de frutos vermelhos, torna-a única e, de seguida, inicia-se a azáfama dos agricultores que cuidadosamente colhem este fruto com dedicação para fins comerciais, viajando de seguida por todo o planeta, fazendo as delícias de quem gosta de saborear e desfrutar das maravilhas deste fruto.
Todo este ciclo, visualizado no local com o enquadramento desta paisagem duriense em toda a sua envolvente, constitui um cenário paradisíaco a não perder!