Agosto 8, 2017

Notícias

Dia da Geografia

Hoje, dia 25 de fevereiro, celebramos em Portugal o Dia da Geografia.

Esta data, foi escolhida “em homenagem à homologação do primeiro Curso de Geografia (ciências geográficas) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, que aconteceu em 25 de fevereiro de 1911.

Este dia é uma oportunidade para celebrar a importância da Geografia como ciência e para reconhecer o contributo dos geógrafos para a compreensão do mundo que nos rodeia.

Mas o que é a geografia?

Geografia é a ciência cujo objeto de estudo é o espaço geográfico, onde são estabelecidas as relações humanas. Logo, a Geografia estuda a relação entre a sociedade e o meio.

Ou seja, é o estudo das terras, das características, dos habitantes e dos fenómenos da Terra.

É uma disciplina abrangente que procura compreender a Terra e as suas complexidades humanas e naturais — não apenas onde os objetos estão, mas também como eles mudaram e surgiram.

A geografia como disciplina pode ser dividida amplamente em três ramos principais: humana, física e técnica. A geografia humana concentra-se principalmente no ambiente construído e na forma como os humanos criam, visualizam, gerem e influenciam o espaço. A geografia física examina o ambiente natural e como os organismos, o clima, o solo, a água e as formas de relevo produzem e interagem. A diferença entre essas abordagens levou ao desenvolvimento da geografia integrada, que combina a geografia física e humana e diz respeito às interações entre o meio ambiente e os humanos. A geografia técnica envolve o estudo e o desenvolvimento de ferramentas e técnicas utilizadas pelos geógrafos, como a cartografia e o sistema de informação geográfica.

 

“Assim como todos os fenómenos existem no tempo e, portanto, têm uma história, eles também existem no espaço e têm uma geografia.”
Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos EUA, 1997

 

Se pretenderem conhecer e perceber esta ligação no nosso concelho, podem fazê-lo de duas formas:

  • através de um passeio, de carro ou a pé, pelos nossos caminhos, ruas e estradas: constatando o desnível e composição do solo, que levaram à prática da pastorícia e da agricultura e à utilização de animais para os trabalhos agrícolas; sentindo na pele o nosso clima, com os verões quentes e secos, que levam as pessoas a usufruírem dos ribeiros e rio, e também para a pesca, os invernos frios e chuvosos, que levaram, por exemplo, à criação das capuchas de burel e das croças;

ou

  • através da visita ao Museu Municipal de Resende, onde num espaço só, podem constatar e ver os objetos e utensílios, as roupas e demais explicações do porque somos e vivemos assim.

 

Dia Internacional do Conservador-Restaurador

Assinala-se, hoje, 27 de janeiro, o Dia Internacional do Conservador-Restaurador, profissional que restaura e conserva os bens culturais protegidos, móveis ou integrados, preservando o seu valor histórico-cultural. Ou seja, o conservador-restaurador é um profissional altamente qualificado, que estuda matérias interdisciplinares, desde a química à biologia, passando pela história da arte, arqueologia e museologia, com o objetivo máximo de conservar o Património Cultural dos povos.

De salientar a importância do Património Cultural quer na construção da identidade dos povos, quer na vida quotidiana dos indivíduos. Isto porque, o Património Cultural, quer material quer imaterial, encontra-se nas aldeias e vilas, na paisagem natural, nos monumentos, nos museus e sítios arqueológicos; encontra-se na literatura, na arte e nos objetos expostos nos museus, mas também nas técnicas que se aprendem com os antepassados, nos ofícios tradicionais, na música, no teatro, nos ambientes e no espírito dos lugares e na gastronomia.

A celebração do Dia Internacional do Conservador-Restaurador é, assim, uma oportunidade de sensibilizar a população, especialmente as gerações mais jovens, para os resultados carregados de valor que a conservação e restauro pode proporcionar ao património cultural e à sociedade. Reforçando a necessidade de se respeitar os locais, sítios e monumentos e de se perpetuar nas memórias as tradições dos nossos antepassados, que de forma oral vão passando para as novas gerações. Garantindo, assim, a integridade do testemunho e da autenticidade do património cultural.

Sejamos hoje um pouco “Conservador-Restaurador”, guardando com carinho um utensílio que os nossos avôs usavam na agricultura ou noutro ofício, aprendamos uma técnica artesanal de bordar, partilhemos uma receita da nossa culinária, decoremos uma ladainha dita pelas nossas avós, apanhemos o lixo em volta de um monumento.

Vamos conservar e restaurar o nosso Património Cultural.

Vamos manter vivos os ensinamentos, as técnicas, a identidade e a memória do nosso povo.

 

Exposição Temática – II GUERRA MUNDIAL – Contra o esquecimento – 80 anos depois, vidas interrompidas ganham nome nas sombras da memória.

Uma exposição com curadoria de Paulo Sérgio Pinto, Resendense e professor de História, que irá abordar: a Ascensão do Nazismo e os primeiros conflitos; a Leste e no norte de África; Pearl Harbor: Guerra no Pacífico; Dia D: Rumo a Berlim; 1945: Fim dos conflitos; Mulheres de Armas e Holocausto: vítimas e sobreviventes. E, contará com uma composição de fotografias, livros, filmes e objetos utilizados nesse tempo.

De 27 de Janeiro a 30 de Março de 2025.

Atelier de Etnografia – Saberes, sabores e labores

Neste atelier pretende-se falar, ouvir, dizer, apreender, perceber, relembrar, experimentar: cantando, dançando, tocando, vestindo, saboreando, plantando; as tradições culturais dos nossos antepassados.

O objetivo principal é permitir e facilitar o contacto com o património material e imaterial, e com as diferentes tradições do nosso concelho, no que concerne a determinadas festividades e ou técnicas de construção de utensílios e instrumentos, e também de afazeres agrícolas, com o intuito de criar e perpetuar memórias.

O mês de Janeiro é dedicado ao Cantar dos Reis e das Janeiras. Assim, poderemos partilhar memórias e cantigas que ouvimos ou cantamos. Poderemos também experimentar instrumentos e criar as nossas próprias quadras de reis ou janeiras, cuja finalidade é dar as Boas Festas e desejar um Bom Ano, fazendo alusão ao nascimento de Jesus, aos donos da casa e, mais tarde aos pedidos de bens. Finalizando com uma pequena representação/recriação desses momentos.

 

Atelier de Artesanato – ART’Mãos

Com o objetivo de perpetuar as técnicas artesanais do imenso e rico artesanato do nosso Concelho, pretende-se permitir e facilitar a aprendizagem do bordar, do croche, da cestaria, da cerâmica, das mantas de retalho… A fim de não se perder os saberes, as técnicas, os materiais e os instrumentos ligados à sua produção.

O artesanato não é apenas uma atividade económica, mas é também uma forma de manter viva a história e as tradições, oferecendo aos visitantes e residentes a oportunidade de conhecer e fazer produtos que carregam a alma e a autenticidade da região, tornando-se um elo entre o passado e o presente.

Os meses de janeiro e fevereiro serão dedicados à aprendizagem da técnica do Patchwork, ou seja, das tradicionais mantas de retalho.

Este atelier, neste período, terá lugar no Museu Municipal, às quartas-feiras, das 14h30 às 16h30.