Agosto 9, 2017

Apadrinha um Objeto

Como forma de assinalar o seu 10.º aniversário, o Museu Municipal encontra-se a promover a iniciativa “Apadrinha um objeto do Museu e divulga-o na tua Comunidade”, convidando os alunos que frequentam os estabelecimentos de ensino no concelho a apadrinharem o objeto em exposição com que mais se identificam.

Assim, nesta página, pretendemos divulgar os objetos carinhosamente apadrinhados pelos alunos.

A iniciativa também está aberta a toda a comunidade, pelo que desafiamo-lo a visitar o Museu Municipal de Resende e a participar nesta atividade.

Disponível de 1 de janeiro de 2016 a 30 de dezembro de 2017

“Máquina Fotográfica panorâmica” do Eng.º Edgar Cardoso

Apadrinhada pela turma 9.º A do Externato do Afonso Henriques.

Este objeto foi inventado pelo Ilustre Eng.º Edgar Cardoso, nos inícios da década 70 do séc. XX. Foi construída com objetos reutilizados: um motor de um limpa para-brisas de um antigo carocha, uma objetiva da Nikon e um tripé. Esta máquina permite tirar fotografias panorâmicas com 360.º. Foi apresentada à Academia das Ciências em 1973 e o Eng.º Edgar Cardoso registou a sua patente nos Estados Unidos da América.

É um dos ex-líbris do Museu de Resende!

 

Barco Rabelo

Apadrinhado pelas seguintes turmas: 9.º B do Externato D. Afonso Henriques, R5 do Centro Escolar de Resende e SC2 do Centro Escolar de S. Cipriano.

O Barco Rabelo era considerado a mais típica das embarcações fluviais portuguesas, constituiu no passado, senão o único meio de transporte entre o Porto e as terras de Riba Douro, pelo menos o mais acessível. Seguiu, desde o século XIII, carregado de pipas de vinho do Douro, rumo aos armazéns do Porto ou Gaia, onde o rei dos vinhos generosos era envelhecido e preparado para exportação de modo a fazer as delícias dos ingleses e demais povos.

Inalterável na forma durante séculos e séculos era espaçoso, de fundo chato, de proa levantada, de grande vela quadrada, de leme enorme, a permitir rápidas manobras, sulcou as águas do Douro, passando até nos “pontos” semeados de rochedos, quase à flor das águas.

Não vencia o Douro qualquer embarcação, nem o governava qualquer mestre. Apenas um mesmo e único tipo de barco de procedência longínqua, o rabelo, se encontrou, ao longo dos tempos, em seu laborioso tráfego à custa de longa e penosa experiência.

Foral de Resende

Apadrinhado pela turma R2 do Centro Escolar de Resende.

O Foral de Resende foi outorgado pelo Rei D. Manuel I, em 16 de Julho de 1514. Este documento que instituiu o concelho de Resende permitiu às populações de Resende ter órgãos próprios para a sua administração, ficando assim, desde então e até hoje, a usufruir de autonomia na sua administração, e independência na sua vida social e económica”.

Até 1514, as terras de Resende, Felgueiras e grande parte das de Cárquere, pertenciam aos Senhores do Paço de Resende. Constituíam no seu conjunto a grande Honra de Resende, instituída por D. Afonso Henriques em favor de Egas Moniz de Ribadouro e seus descendentes.

Para além de Resende, os extintos concelhos de Caldas de Aregos e S. Martinho de Mouros tiveram as suas Cartas de Foral renovados pelo Rei D. Manuel I em 1513, sendo de referir que o Município conseguiu salvaguardar na sua posse os três documentos originais com 500 anos de História. Com o seu texto iluminado, regista os vistos das várias correições que foram sofrendo ao longo dos tempos até à sua vigência. Os três documentos estão em exposição permanente no Museu Municipal de Resende onde poderão ser observados.

Roda baixa de oleiro

Apadrinhado pela turma R3 do Centro Escolar de Resende.

Este objeto é designado de “roda baixa“, uma variante das mais arcaicas rodas de oleiro. O barro era a matéria-prima indispensável a todo o processo, arrancado a golpes de enxada e picareta das encostas de Montemuro.

Era neste objeto de madeira que se sentavam os oleiros de Fazamões – Paus e entre os joelhos, modelavam e decoravam as suas “criações”, de carácter utilitário (“talhas”, “panelas”, “caçoilas”, “cafeteiras ou chaleiras”, “assadores” e “alguidares”) e figurativo (miniaturas de “Cristos”, “santos”, “músicos” e “cavaleiros”).

Estes artefactos eram posteriormente depositados num recanto da habitação – o sequeiro, onde permaneciam durante cerca de oito dias para eliminação da humidade, o que impedia que estalassem com o fogo. Após uma retração do volume das peças durante a seca, preparava-se o processo seguinte: a cozedura na soenga que daria a esta loiça a cor negra, pois era cozia pelo processo de abafamento com muito fumo.

Moinho de Rodizio

Apadrinhado pelas seguintes turmas: R7 e R8 do Centro Escolar de Resende e M3 do Centro Escolar de S. Martinho de Mouros.

Os moinhos são o testemunho da evolução histórico-cultural e do nosso passado socioeconómico. Constituindo-se como uma das mais antigas criações técnicas do homem, representam na história das sociedades um papel essencial: o aproveitamento e a transformação das forças naturais – água, vento e marés – em fontes de energia.

O concelho de Resende encerra um conjunto significativo de engenhos de moagem, particularmente moinhos de rodízio, cuja construção, de características arcaicas, foi-se difundindo ao longo dos tempos pela serra, junto de ribeiros e levadas, embelezando-a, à medida que transformavam as matérias-primas agrícolas em recursos alimentares.

O Moinho de Rodízio funciona através de um impulso de água na roda horizontal à qual se chama rodízio que faz com que a mó se mova e os cereais sejam farinados entre as duas mós do moinho (a dormente e a movente)

Sempre que esta atividade não era protagonizada pelos seus proprietários, os fregueses contratavam os serviços do moleiro. Em cada caso, o pagamento da maquia fazia a diferença, não ultrapassando, em média, o 1,5 L. de cereal ou farinha por rasão.

Ânfora

Apadrinhado pela turma R9 do Centro Escolar de Resende.

De origem fenícia, foi encontrada no mar mediterrâneo, e trata-se de um documento histórico importante das relações comerciais ocorridas nesta época, por volta do século I a.C. Este recipiente ou vaso antigo de forma ovóide, era confecionado em barro ou terracota, com duas asas simétricas, terminando na parte inferior por uma ponta ou pé estreito.

Durante séculos, as ânforas serviram essencialmente para o transporte e armazenamento de géneros de consumo ou bens alimentares básicos: vinho, azeite e preparados de peixe (garum), condimentos indispensáveis nas cozinhas do Império Romano, durante o qual foram a expressão do seu domínio.

Os seus achados devem-se sobretudo a naufrágios de embarcações em épocas recuadas, constituindo os estudos destes naufrágios informações úteis que permitem reconstituir muito do que se passava.

Pião

Apadrinhado pela turma R10 do Centro Escolar de Resende.

O pião é um brinquedo tradicional, feito de madeira possuía uma ponta em ferro. Em volta do bico enrolava-se uma corda que depois de colocada se segurava pela mão e lançava-se o pião para uma superfície plana onde este devia rodopiar.

Atualmente, há novos materiais para piões e esses materiais permitem girá-los sem a utilização de uma corda. Nos piões mais antigos, a corda é o intermediário que transmite a força motriz dos braços, fazendo girar o pião em movimentos circulares em torno do próprio eixo que, em equilíbrio, gira (por causa da inércia) até perder a sua força e parar.

Sagrada família

Apadrinhado pela turma R11 do Centro Escolar de Resende.

A sagrada Família, é uma das inúmeras criações em barro negro do Mestre Joaquim Alvelos, o último oleiro de Fazamões a encerrar este artesanato típico de Resende.

O barro, matéria-prima indispensável a todo o processo, arrancado a golpes de enxada e picareta das encostas de Montemuro. Depois de se retirarem todas as impurezas era na roda baixa de oleiro, entre os joelhos que o Mestre Joaquim, modelava e decorava as suas “criações”, de carácter utilitário (“talhas”, “panelas”, “caçoilas”, “cafeteiras ou chaleiras”, “assadores” e “alguidares”) e figurativo (miniaturas de “Cristos”, “santos”, “músicos” e “cavaleiros”).

Estes artefactos eram posteriormente depositados num recanto da habitação – o sequeiro, onde permaneciam durante cerca de oito dias para eliminação da humidade, o que impedia que estalassem com o fogo. Após uma retração do volume das peças durante a seca, preparava-se o processo seguinte: a cozedura na soenga que daria a esta loiça a cor negra, pois era cozia pelo processo de abafamento com muito fumo.

 

Cristo

Apadrinhado pela turma R12 do Centro Escolar de Resende.

O Cristo, é uma das inúmeras criações em barro negro do Mestre Joaquim Alvelos, o último oleiro de Fazamões a encerrar este artesanato típico de Resende.

O barro, matéria-prima indispensável a todo o processo, arrancado a golpes de enxada e picareta das encostas de Montemuro. Depois de se retirarem todas as impurezas era na roda baixa de oleiro, entre os joelhos que o Mestre Joaquim, modelava e decorava as suas “criações”, de carácter utilitário (“talhas”, “panelas”, “caçoilas”, “cafeteiras ou chaleiras”, “assadores” e “alguidares”) e figurativo (miniaturas de “Cristos”, “santos”, “músicos” e “cavaleiros”).

Estes artefactos eram posteriormente depositados num recanto da habitação – o sequeiro, onde permaneciam durante cerca de oito dias para eliminação da humidade, o que impedia que estalassem com o fogo. Após uma retração do volume das peças durante a seca, preparava-se o processo seguinte: a cozedura na soenga que daria a esta loiça a cor negra, pois era cozia pelo processo de abafamento com muito fumo.

Tear

Apadrinhado pelas turmas M2 do Centro Escolar de S. Martinho de Mouros e R4 do Centro Escolar de Resende.

Concluídas “as 15 voltas do linho”, tem lugar a confeção, no tear. O Tear é um equipamento manual antigo que era utilizada pelas tecedeiras para confecionar peças em linho de carácter festivo, religioso e decorativo.

Tudo começa por semear a linhaça, arrancar a planta, o ripar do linho, enriar. Daí sai para secar ao sol, malhar e maçar. Só então vai a espadelar. Depois, é preciso assedar o linho no sedeiro. Numa fase posterior, as estrigas do linho são dobradas a meio e atadas nas pontas para, assim, irem à roca e ao fuso de fiar. Após a fiação, o linho é colocado em meadas com a ajuda do sarilho. Preparadas as meadas, aguardam o barrelar (ou branquear), repetindo-se a barrela e a cora, alternadamente. Mais tarde, doba-se o fio das meadas para novelos através da dobadoura. Está, assim, o fio pronto para fazer a urdidura da teia e o fio da trama, tarefas para as quais é preciosa a utilização do urdidor, da palmatória e da urdideira. Urdida a teia em linho resistente, retira-se para o tear, no qual se dispõe longitudinalmente e se inicia a confeção.

 

Lápide Honorífica

Apadrinhado pela turma R6 do Centro Escolar de Resende.´

Na parte superior da lápide estão esculpidas as armas do Bispo Francisco Pereira Pinto (sabe-se que se trata de um Bispo, pois o n.º de borlas é relativo à sua dignidade. As doze borlas caiem do chapéu de Bispo de abas largas e direitas através dos dois cordões entrelaçados com três ordens de borlas), cujas famílias encontram-se representadas no brasão, respetivamente os Morais, Pereiras, Pintos e Rodrigues.

Gaspar Clemente dedicou esta lápide em 1632 ao Bispo Francisco Pereira Pinto, com o intuito de o homenagear.

Carro de vacas

Apadrinhado pela turma M4 do Centro escolar de S. Martinho de Mouros.

O carro de bois ou de vacas foi durante séculos um meio de transporte imprescindível na vida do Homem. As vacas ou bois eram a força de tração deste transporte utilizado no campo para o transporte dos produtos agrícolas, lenha, palha, etc.

Este meio de transporte existe em diferentes tamanhos, sendo que os maiores eram puxados por bois e os mais pequenos por vacas.