Herman Mertens

Preparando esta exposição em Resende, Herman Mertens visitou a terra e lugares vizinhos, demorou-se nas redondezas, conheceu pessoas que ali moram, fez amigos. Encantou-se com a paisagem e com os vestígios do passado, que gosta de fotografar para sentir o mundo ao seu redor e compreender o tempo presente ou o que lhe parece estranho. Ficou maravilhado com as pessoas que conheceu e fotografou, nos locais onde habitam e trabalham, rodeados pelos seus objectos quotidianos, memórias e sonhos. Para Herman, “fotografar é mais do que carregar no botão. É entrar na imagem que vê. Sentir um momento da vida dos outros”.

O elemento humano é essencial em muitas das suas fotos: difuso e secundarizado, tratando-se de gente anónima, desconhecidos; mas dominante a transbordando personalidade quando fotografa pessoas conhecidas e amigos. Como se as ligações entre as pessoas fossem a luz mais necessária a essas imagens felizes. Por terras de Resende e em volta, Herman Mertens vivenciou a pacífica e verdadeira alegria da gente simples e amável que tão bem o recebeu. As fotografias desta exposição, justamente intitulada “Alegrias”, envolvem o observador nos sentimentos e cumplicidades que lhes deram origem a fixaram no tempo como um agradecimento e uma mensagem de esperança num mundo melhor.

Sérgio Reis

Herman Mertens nasceu na Bélgica, perto de Antuérpia, em 1950. Vive em Portugal desde 2000.

Estudou publicidade e decoração de interiores, montras e exposições. Durante mais de 25 anos, trabalhou em artigos decorativos, têxtil e móveis.

Participou no curso de Fotografia Aplicada e Fotografia de Grande Formato na Escola Superior de Tecnologia de Tomar e no Estúdio Carlos Relvas, na Golegã. Trabalha actualmente na área da publicidade, que combina com a sua primeira paixão – a fotografia.

Exposições individuais:

“Arte e Fogo”: Vale do Ferro (Maio 2007); Casa da Cultura Dr. César de Oliveira (Oliveira do Hospital, Junho 2007); Livraria Apolo (Oliveira do Hospital, Julho 2007); Lagar Vale dos Amores (Ervedal da Beira, Agosto 2007).

“Mo(nu)mentos da Vida”: Lar de Ervedal da Beira (Novembro 2007); Vale do Ferro (Julho 2008).

“Cantos Encantados”: Livraria Apolo (Oliveira do Hospital, Março 2008); Lar de Ervedal da Beira (Novembro 2007); Vale do Ferro (Julho 2008)

“Ligação”: Livraria Apolo (oliveira do hospital, Janeiro a Março 2010).

Exposições Colectivas

– ARTIS IX (Seia, Maio de 2010)

Quarta-feira, 29 de Julho de 2009

Fotografias de Herman Mertens

Devido às vastas possibilidades da fotografia digital – que permite fotografar a preto e branco (P/B) utilizando o filtro da máquina, converter fotografias a cores para P/B no computador, retocar e modificar fotos, entre outros efeitos especiais – e sem esquecer as especificidades dessa modalidade fotográfica, que se tornou uma opção artística ainda antes do surgimento da fotografia a cores, é cada vez mais importante valorizar o conteúdo da imagem enquanto produto da poética e da criatividade do fotógrafo.

Essas facilidades da fotografia digital fomentaram a multiplicação dos fotógrafos amadores na modalidade da fotografia a cores. Já no P/B, reduto de fotógrafos profissionais e campo experimental de artistas das mais diversas áreas de criação e expressão, poucos se aventurarem a lidar com a falta da cor e correspondente necessidade de gerir uma grande variedade de tons e de jogar habilmente com os contrastes. Um deles é o belga Herman Mertens.

Uma das suas fotos mostra a presença distraída da autoridade junto de uma parede antiga na qual alguém escreveu “pequena verdade”. Destaco esta foto pois ela parece resumir o projecto fotográfico de Mertens: reabilitar a valorizar o que está esquecido, abandonado, em vias de perder-se para sempre. A começar pelo tempo, pelo espaço, pelo silêncio – tudo matérias fotografáveis para Herman Mertens.

Nesta foto, “sente-se” o peso do tempo e “ouve-se” o silêncio.

Martens não se importa de fotografar com cor as pequenas e maiores verdades do mundo a cores, mas apanhou bem a pulsação da fotografia a preto e branco para desbravar asa sombras por vezes fantasmagóricas do tempo, os caminhos e recantos mágicos dos espaços rurais e urbanos, mais claros ou difusos, socialmente enegrecidos ou artificialmente iluminados, os olhares fundos e escuros das gentes, os vestígios do trabalho e da longa espera do homem ao redor dos tempos, o homem aprisionado no seu quotidiano ou libertando-se nos ritmos da festa.

A composição é versátil – ora dominada pela verticalidade, ora pela combinação de oblíquas com horizontais, mas também simetrias e estruturadas triangulares, entre esquemas de composição mais complexos, jogando com contraste para definir e destacar linhas e manchas orientadoras da composição, mas diluindo a forma principal na sua própria aura de objectivo perdido. Noutras obras, parece manter as personagens das suas fotografias presas pelo (s) olhar (es) de quem as vê – através de quem as viu (fotógrafo) – conduzindo a outra percepção do mundo que nos rodeia, repleto de história(s) que vale a pena ver contar.

Herman Mertens nasceu na Bélgica, perto de Antuérpia, em 1950. Vive em Portugal desde 2000.

Estudou publicidade e decoração de interiores, montras e exposições. Durante mais de 25 anos, trabalhou em artigos decorativos, têxtil e móveis.

Participou no curso de Fotografia Aplicada e Fotografia de Grande Formato na Escola Superior de Tecnologia de Tomar e no Estúdio Carlos Relvas, na Golegã. Trabalha actualmente na área da publicidade, que combina com a sua primeira paixão – a fotografia.

Exposições

“Arte e Fogo”

(Um incêndio florestal destruiu a casa de Herman Mertens, em Vale do Ferro, Ervedal da Beira. A tragédia inspirou uma exposição de fotografia no próprio local e depois na sede do concelho).

– Na casa ardida, Vale do Ferro, Maio 2007

– Casa da Cultura Dr. César de Oliveira, Oliveira do hospital, Junho 2007

– Livraria Apolo, oliveira do Hospital, Julho 2007

– Lagar Vale dos Amores, Ervedal da Beira, Agosto 2007

 “Mo(nu)mentos da Vida”

Lar de Ervedal da Beira (Novembro 2007)

 -Vale do Ferro (Julho 2008)

“Cantos Encantados”

 Livraria Apolo, Oliveira do Hospital, Março 2008

Vale do Ferro, Julho 2008

“Ligações” – Ver post de 04 de Março de 2010

Foto sem título. Nem precisa. O mundo em que vivemos é feito de pequenas verdades.

Fotos de Herman Mertens, com utilização sujeita a autorização do autor.

Quarta-feira, 3 de Março de 2010

Fotografias de Herman Mertens em Seia

“LIGAÇÃO” – Fotografia de Herman Mertens, Foyer do Cine-Teatro da Casa Municipal da Cultura de Seia, de 12* de Março a 30 de Abril.

*A Abertura foi adiada para o dia 12, por motivos imprevistos.

“Fotografar é para Herman Mertens mais do que carregar no botão. É entrar na imagem que vê. Sentir um momento da vida dos outros. Ou voltar aos tempos passados. Admirar um mundo que está perto de si, conhecido e encantado, ou em contratário, muito longe e estranho. São sempre aventuras numa fracção se segundo com “Ligação” ao eterno.” 1

“Herman Martens não se importa de fotografar com cor as pequenas e maiores verdades do mundo a cores, mas apanhou bem a pulsação da fotografia a preto e branco para desbravar asa sombras por vezes fantasmagóricas do tempo, os caminhos e recantos mágicos dos espaços rurais e urbanos, mais claros ou difusos, socialmente enegrecidos ou artificialmente iluminados, os olhares fundos e escuros das gentes, os vestígios do trabalho e da longa espera do homem ao redor dos tempos, o homem aprisionado no seu quotidiano ou libertando-se nos ritmos da festa.

A composição é versátil – ora dominada pela verticalidade, ora pela combinação de oblíquas com horizontais, mas também simetrias e estruturadas triangulares, entre esquemas de composição mais complexos, jogando com contraste para definir e destacar linhas e manchas orientadoras da composição, mas diluindo a forma principal na sua própria aura de objectivo perdido. Noutras obras, parece manter as personagens das suas fotografias presas pelo (s) olhar (es) de quem as vê – através de quem as viu (fotógrafo) – conduzindo a outra percepção do mundo que nos rodeia, repleto de história(s) que vale a pena ver contar.” 2

Sérgio Reis

Herman Mertens nasceu na Bélgica, perto de Antuérpia, em 1950. Vive em Portugal desde 2000.

Estudou publicidade e decoração de interiores, montras e exposições. Durante mais de 25 anos, trabalhou em artigos decorativos, têxtil e móveis.

Participou no curso de Fotografia Aplicada e Fotografia de Grande Formato na Escola Superior de Tecnologia de Tomar e no Estúdio Carlos Relvas, na Golegã. Trabalha actualmente na área da publicidade, que combina com a sua primeira paixão – a fotografia.

Exposições individuais:

“Arte e Fogo”

(Um incêndio florestal destruiu a casa de Herman Mertens, em Vale do Ferro, Ervedal da Beira. A tragédia inspirou uma exposição de fotografia no próprio local e depois na sede do concelho).

– Na casa ardida, Vale do Ferro, Maio 2007

– Casa da Cultura Dr. César de Oliveira, Oliveira do hospital, Junho 2007

– Livraria Apolo, oliveira do Hospital, Julho 2007

– Lagar Vale dos Amores, Ervedal da Beira, Agosto 2007

 “Mo(nu)mentos da Vida”

Lar de Ervedal da Beira (Novembro 2007)

 -Vale do Ferro (Julho 2008)

“Cantos Encantados”

– Livraria Apolo, Oliveira do Hospital, Março 2008

-Vale do Ferro, Julho 2008

“Ligação”

-Livraria Apolo, Oliveira do hospital, Janeiro a Março 2010

-Foyer do Cine-Teatro da Casa M. da Cultura de Seia, Março 2010

(1) – Agenda Cultural da CMS – Março 2010

(2) – artes-vidas.blogspot.com

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