João Carqueijeiro

Nasceu em 1954 e vive no Porto.

Concluiu o Curso Superior de Desenho na Cooperativa Árvore (ESAD), em 1982, sob orientação do mestre Sá Nogueira, especializou-se em Roda de Oleiro, Vidrados de Grés e Raku, na Escola de Cerâmica de La Bisbal, na Catalunha.

Desde 1981, dedica-se ao ensino da cerâmica, quer no âmbito da Formação Profissional, quer no de Cursos de Especialização, Orientação de Estágios, Workshops e Programação de Cursos. É Formador de Cerâmica desde 1985, acreditado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua de Professores, desde 1995 e pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional. É professor dos Cursos Livres de Cerâmica na Cooperativa de Actividades Artísticas “ÁRVORE” desde 1986, da qual também é sócio. Foi membro fundador em 2005, do Projecto Cerâmica “Oficina 2000&5”. Em 2007, foi membro do Júri, da VIII Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro.

Realizou em 2010 um painel cerâmico em relevo de 0,75mx100mx0,05m, para exterior do Crowne Plaza Hotel em Vilamoura. Em 2011 realizou um mural modular tridimensional em cerâmica vidrada de 300 x1000 cm, para o interior do edifício do Fórum da Bienal de Cerveira.

Pagina do Artista. http://www.joaocarqueijeiro.com

No que diz respeito aos processos das obras em exposição

As peças aqui apresentadas, foram realizadas por processos cerâmicos, submetidas a cozeduras de altas temperaturas.

As pastas refratárias de diferentes colorações, (cores obtidas pela mistura de óxidos metálicos, como óxido de ferro, óxido de manganês ou óxido de cobalto), são modeladas, com as técnicas (de rolos ou columbinas; de lastras ou placas, de moldes, ou mesmo da roda de oleiro) que melhor respondem às formas e volumes a trabalhar. Formas essas planeadas a partir de desenhos ou maquetas.

Cada peça tem, em diferentes fases de secagem, tratamentos diversos no que respeita a colagens com barbotinas, às texturas criadas (por incisões, excisões ou relevos impressos). Em alguns trabalhos o tratamento é feito depois da cozedura, com discos esmerilados, ou de corte.

As cozeduras / queimas, quer das peças em pastas argilosas quer dos elementos de ardósia, variam entre 1000º C e 1250º C, em fornos elétricos.

No caso das peças em Raku (processo Japonês de cozeduras de vidrados, ligado à cerimónia do chá), as temperaturas de 1000º C, os choques térmicos e as reduções a que se sujeitam as peças, conferem–lhes o caráter único e irrepetível, com vidrados de efeitos metalizados, ou craquelês muito acentuados.

Noutros trabalhos, as peças depois de secas, que pode demorar entre 2 a 3 semanas, são chacotadas (1ª cozedura) e depois pintadas com óxidos, engobes e vidrados, e novamente cozidas.

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