Maria de Lurdes Pereira Gomes nasce na freguesia de Penajóia, concelho de Lamego, e vai viver para Barrô-Resende, aos 11 anos de idade.
Depois de passar pelo Estilismo e de ter feito criações para a Grande Distribuição Mundial com um grupo francês, aplica-se às Artes Gráficas em alguns jornais do País.
Mais tarde abandona as duas áreas para se dedicar integralmente à “mais difícil e mais simples de todas as artes” – a cerâmica – “mais simples por ser a mais elementar e a mais difícil por ser a mais abstracta.” “… de facto, esta forma de arte é tão fundamental, está tão intimamente ligada às necessidades mais elementares da civilzação, que o génio nacional do povo tem sempre de achar maneira nela se exprimir”.(1)
Tendo como suporte as técnicas utilizadas desde o período do Paleolítico Superior, a artista procura sempre o impossível, onde produz uma arte requintada mesmo com matéria-prima “grosseira”.
“Da forma à cor, do brilho ao grotesco, Lurdes Gomes apresenta um modo de ver, simultaneamente perto do passado e do presente, de delicadeza e de brutalidade, de luz e de sombra”. (2)
As artes do fogo assumem-se como uma surpresa entre o tosco e o requintado, entre o baço e o brilhante das altas temperaturas. Nesta exposição pode-se estudar a história da cerâmica desde o Homem das Cavernas, passando pelo Neolítico até chegar à actualidade.
- Herbert Read, in Livro de cerâmica de Júlio Resende, da Associação de Estudantes do Departamento de Artes Plásticas e Design da Escola Superior de Belas Artes do Porto.
- José Barbosa, de arquiteto e artista plástico. In Livro de honra de Lurdes Gomes, referente à exposição de cerâmica no Museu do Vinho do Porto
Exposições
2006 – “Argila, Água e Fogo”, Posto de Turismo de Resende
2009 – “Artesanato”, Junta de Freguesia de Barrô
2009 – “Lastra, Bola & Columbina”, Museu do Vinho do Porto, Porto
2010 – “do paleolítico à actualidade: As Deusas também sonham”, Museu Nacional de Lamego